O artigo analisa significativos avanços da literatura internacional sobre a definição de um conceito essencialmente contestado: populismo. Esforços teóricos ao redor da categoria desde meado do século passado falharam em atingir consenso sobre a definição do conceito. Nos últimos dez anos, um conjunto de autores em três diferentes escolas forjaram conceito visando sua aplicação empírica. Baseado no Oxford Handbook of Populism, o artigo apresenta uma revisão narrativa das abordagens político-estratégica, político-cultural, e ideacional do populismo, explorando seus avanços e limitações. Ainda que descordem sobre a natureza do conceito, a oposição entre o povo e a elite está presente em todas as escolas de pensamento, embora seja expressa em termos distintos. O artigo conclui com uma defesa da abordagem ideacional, considerando suas vantagens em relação às demais. Por se tratar de um conceito mínimo de baixa intensão e alta extensão, a definição sugerida por esta escola dá à categoria níveis de operacionalidade e versatilidade superior às definições desafiantes.